Introdução
Por vários anos tenho sido contribuinte na Igreja do Senhor, em alguns momentos desses anos com uma frequência considerável, em outros momentos com uma frequência menor e por um período mais curto, contribui muito pouco.
Por muito tempo fui adepto do pensamento de que o não dizimista era um ladrão e que deveria ir para o inferno se não devolvesse para o Senhor o valor de 10 % de toda sua renda. Diante deste pensamento tão hostil e arbitrário, por diversas vezes me coloquei como um juiz nos púlpitos das igrejas condenando, amaldiçoando e coagindo as pessoas a serem dizimistas e ofertantes.
Eu imaginava que estava fazendo isso de forma que iria agradar a Deus, fazia com a melhor das intenções. Logo quando comecei a estudar as Escrituras, o Senhor começou a abrir minha visão sobre a obrigatoriedade do dízimo e de outras contribuições existentes nas igrejas evangélicas brasileiras.
Tudo começou com a pergunta: “Deus faz distinção dos Dízimos em relação às demais contribuições?”.
Sou totalmente a favor das contribuições, independente de como são denominadas, sei que para realizarmos a obra de Deus hoje precisamos muito dos recursos financeiros, mas a que preço os arrecadamos? Existe uma regra normativa para a obrigatoriedade dos Dízimos? Qual a origem dos dízimos? Jesus falou sobre dízimos? Os apóstolos falaram sobre dízimo? A Igreja em Atos falou sobre dízimo? Como devem ser feitas as contribuições com base nas doutrinas do Novo Testamento? Como deve ser nosso pensamento e conduta após contribuirmos?
Essas e outras perguntas serão discutidas neste ensaio doutrinário.
Qual a Origem do Dizimo?
A prática do dízimo já era conhecida pelas civilizações antigas, os gregos, romanos, cartagineses e os árabes praticavam o dízimo e assim como com os hebreus essa prática fazia parte da piedade religiosa.
Entre os Hebreus, antes da lei mosaica, Abraão deu dízimo a Melquesedeque (Gn 14) dos despojos que trouxe da guerra. A Bíblia não fala por qual motivo Abraão deu o dízimo, nem que ele era obrigado a fazer isso e muito menos que Abraão voltou a dar dízimo a Melquesedeque. J. N. Santana em seu livreto “Repreendendo o Devorador” diz: “Quando Abraão viu que se tratava de um ser divino, tratou logo de entregar aquilo que era de Deus. Deu-lhe o dízimo de tudo” g. 22. Mas como já mencionamos o dízimo foi dos despojos de guerra, uma única vez e, nem Abraão, nem a Bíblia dizem que Melquesedeque era divino, mas sim sacerdote.
Os hebreus tinham que entregar os dízimos aos levitas para que fossem, uma parte ofertados ao Senhor e a outra para a alimentação e manutenção do ministério levítico, dos estrangeiros, dos órfãos e das viúvas (Lv 18.21-32; Dt 26.12-13).
Apesar de o dízimo ter uma origem muito antiga em relação às leis de Moisés, essa prática foi inserida na lei (Lv 27.30-32).
Será que os Magnatas da Igreja Brasileira tem usado o Dízimo para ajudar os Levitas, os Estrangeiros, os Órfãos, as Viúvas e os pobres da Igreja?
Existe uma Regra Normativa para OBRIGATORIEDADE dos Dízimos?
Terminantemente não! No Antigo testamento essa lei foi inserida por causa da desobediência e negligência das pessoas em relação aos levitas e aos pobres. A renúncia em dizimar era também relacionada ao (ou um sinal de) afastamento do povo das leis de Deus. Foi este o motivo do profeta Malaquias ter repreendido o povo (Ml 3.8-10).
Os Cristãos NÃO são Sujeitos a Pagar Dízimos!
Em nenhuma ocasião se ordenou aos cristãos do primeiro século o pagamento de dízimos. O objetivo primário do arranjo do dízimo, sob a lei, era sustentar o templo e o sacerdócio de Israel; consequentemente, a obrigação de pagar dízimos cessaria quando aquele pacto da lei mosaica chegasse ao fim, por estar cumprido, por meio da morte de Cristo na cruz (Ef 2.15, Cl 2.13,14).
É verdade que os sacerdotes levitas continuaram a servir no templo em Jerusalém até que este foi destruído em 70 d.C., mas os cristão já não mais estavam fazendo contribuições dizimais por obrigatoriedade, porque tornaram-se parte de um sacerdócio espiritual não sustentado obrigatoriamente por dízimos (Rm 6.14; Hb 7. 12; 1Pe 2.9). Como cristãos, foram incentivados a dar apoio ao ministério cristão, tanto por sua própria atividade ministerial, como por contribuições materiais. Em vez de darem quantias fixas, específicas, para custear as despesas congregacionais, deviam contribuir “segundo o que a pessoa tinha” dando “conforme propôs em seu coração”, não de modo ressentido, nem sob compulsão, pois Deus ama quem dá com alegria (2Co 8.12; 9.7).
Todo cristão que preside uma congregação (Igreja) tem direito à dupla honra e a um digno salário (1Tm 5.17,18), mas que os recursos que vão sustentar esse obreiro não venham da obrigatoriedade dos dízimos e sim de contribuições voluntárias e amorosas do povo de Deus.
Jesus Falou Sobre Dízimos?
A única menção que Jesus fez sobre o dízimo foi em Mateus 23.23, dirigindo-se aos fariseus. Esse discurso não é dirigido à Igreja ou aos seus discípulos. Jesus repreende esse clã por serem cumpridores hipócritas da lei judaica, falhando no que era essencial, porém considerando-se exclusivistas por cumprirem a lei do dízimo. Mas o que era mais importante nessa lei?
“... e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas”
Em Mateus 23.23 Jesus reflete que não é contra o dízimo, logo mostra que se eles (os fariseus) querem cumprir a lei devem observar o que é mais importante e neste caso não é o dízimo e sim o “juízo, a misericórdia e a fé” e que deveriam depois continuar a dizimar sem omissão. Este fato foi única e exclusivamente para os judeus. Não existe nenhum respaldo nos discursos de Cristo que justifique a devolução de dízimos pelos discípulos, apóstolos, cristãos e a Igreja primitiva.
Todas as outras vezes que o Novo testamento faz menção aos dízimos é reportando os escritos do Antigo Testamento e nesta situação não cabe inferência, interpretação e alegoria para justificar a obrigatoriedade dos dízimos para Igreja.
Matthew Henry diz: “Eles (os fariseus) observavam os deveres menores, mas omitiam os maiores; eles eram muito precisos no pagamento de dízimos, pagando até mesmo os da hortelã, do Endro e do Cominho, cuja exatidão não lhes custaria muito. Assim apregoavam sua própria justiça, os fariseus se orgulhavam disso, dizendo: “Dou o dízimo de tudo que possuo” (Lc 18.12)
Deus requer que eu dê o dízimo de tudo quanto ganho?
Por John F. MacArthur Jr.
Questão
Deus requer que eu dê o dízimo de tudo quanto ganho?
Resposta
Dois tipos de dar são ensinados consistentemente durante toda a Escritura: dar para o governo (sempre compulsório) e dar para Deus (sempre voluntário).
O assunto tem sido grandemente confundido, todavia, por alguns que entendem mal a natureza dos dízimos do Velho Testamento. Os dízimos não eram primariamente ofertas a Deus, mas taxas para suprir o orçamento nacional em Israel.
Porque Israel era uma teocracia, os sacerdotes Levíticos atuavam como um governo civil. Assim, o dízimo Levítico (Levítico 27:30-33) foi um percussor do imposto de renda de hoje, visto que era um segundo dízimo anual requerido por Deus para suprir uma festa nacional (Deuteronômio 14.22-29). Taxas menores foram também impostas ao povo pela lei (Levítico 19:9-10; Êxodo 23.10-11). Assim, a doação total requerida dos Israelitas não era 10 por cento, mas mais do que 20 por cento. Todo esse dinheiro era usado para colocar a nação em funcionamento.
Toda doação aparte daquela que era requerida para colocar o governo em funcionamento, era puramente voluntária (Êxodo 25.2; 1 Crônicas 29:9). Cada pessoa dava conforme o que estava em seu coração; nenhuma percentagem ou quantia era especificada.
Os crentes do Novo Testamento nunca são ordenados a dizimar. Mateus 22.15-22 e Romanos 13.1-7 nos contam sobre a única doação que é requerida na era da igreja, que é o pagamento de impostos para o governo. Interessantemente, nós na América, atualmente pagamos entre 20 e 30 por cento de nossos rendimentos para o governo - uma figura muito similar ao requerimento sob a teocracia de Israel.
A linha de direção á nossa doação para Deus e Sua obra é encontrada em 2 Coríntios 9.6-7: “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”.
John F. McArthur Jr.
O Dízimo
Por Martinho Lutero
O apóstolo Paulo organizou uma grande coleta para os necessitados da Judéia. As duas epístolas aos Coríntios trazem referência a esta coleta:
Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. 1Co 16.1-2
Nos capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios, Paulo desenvolve seu ensino acerca das contribuições. Estes textos se referem à alegria da contribuição, à generosidade, à liberalidade, à presteza em ofertar:
E isto afirmo, aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. (9.6)
... porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. (8.2)
Pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos. (8.4)
... assim, como revelastes prontidão no querer, assim a leveis a termo, segundo as vossas posses. (8.11)
porque bem reconheço a vossa presteza, da qual me glorio... (9.2)
Não vemos nenhuma referência a uma contribuição mínima que é obrigatória – o dízimo – e a partir daí, ofertas voluntárias. Ao contrário, o ensino de Paulo, é que se a contribuição não for voluntária, não deve ser dada:
Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; (8.8)
Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem. (8.12)
Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. (9.7)
Ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres (...) se não tiver amor, nada disso me aproveitará. (1Co 13.3).
Ofertas voluntárias é o método de contribuição do Novo Testamento:
E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades. Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito. Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. (Fp 4.15-18)
Paulo usa a figura dos sacrifícios veterotestamentários com relação às ofertas: as ofertas dos filipenses foram, diante de Deus, “como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus”.
Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as cousas boas aquele que o instrui (Gl 6.6). Paulo, aqui, faz referência à obrigação de dar sustento àqueles que se afadigam no ensino da Palavra. Ensino repetido em 2Tessalonicenses 5.12: Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam.
E mais detalhado em 1 Coríntios 9: Não temos nós o direito de comer e beber? (v. 4) Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? (v 6 - Paulo refere-se ao trabalho secular). Se nós vos semeamos as cousas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? (v 11) Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E o que serve ao altar do altar tira o seu sustento? (v 13). A referência aqui é a Dt 18.1, que permite aos levitas comer partes dos sacrifícios oferecidos no Templo.
De fato, existe o direito bíblico (do qual Paulo abriu mão, pelo menos com relação aos coríntios – 1 Co 9.15 – e aos tessalonicenses – 1Ts 2.7,9; 2 Ts 3.8-9) de os pregadores, pastores e mestres serem sustentados pelas suas congregações: Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho. (v 14)... Porém não há referência a dízimos.
Algumas outras citações, entre muitas:
... compartilhai as necessidades dos santos. (Rm 12.13)
... façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. (Gl 6.10)
Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. (Ef 4.28)
Exorta aos ricos do presente século ... que ... sejam ... generosos em dar e prontos a repartir (1 Tm 6.17,18).
Note-se o ensino consistente e positivo do Novo Testamento a respeito da generosidade, da liberalidade, da prontidão em repartir. A contrapartida negativa temos nas muitas advertências a respeito da avareza:
O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera (Mt 13.22).
Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. (Lc 12.15)
Sabei, pois, isto: nenhum ... avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. (Ef 5.5)
Porque nada temos trazido para o mundo, nem cousa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. (1 Tm 6.7-10)
Seja a vossa vida sem avareza. (Hb 13.5)
Esta é a doutrina. Isso é o que devemos ensinar. O que passar disso pode ser considerado ensino bíblico? Não!
Martinho Lutero
Conclusão
Os Apóstolos e a Igreja Primitiva em Atos não Faziam Devolução de Dízimos!
Não lemos em nenhuma parte das epístolas e no histórico livro de Atos os apóstolos ensinando a devolução ou pagamento de dízimos. As ofertas, independente de como são denominadas, devem sempre ser de um coração voluntarioso, até mesmo porque é injusto macular uma alma impetrando-lhe as maldições de Malaquias 3.8-12 por não dizimar. Cristo não fez isso, os apóstolos não fizeram isso; logo devemos fazer?
Eu não sou contra dízimos, ainda porque sirvo a Deus em uma denominação que ensina o dever do dízimo e onde existe até quem diga: “se não devolveres o dízimo vais para os quintos dos infernos porque és ladrão e bandido que rouba Deus!” Creio que esse comportamento ignorante poder ser mudado com um humilde estudo da Bíblia, porque eu também já disse muito isso.
Pode ficar tranquilo, Deus não vai lhe ferir, amaldiçoar, atrasar sua vida ou matar porque você não denomina de dízimo sua contribuição. Seja oferta, doação, donativo, contribuição, dízimo ou qualquer outro nome que você der à importância que depositar em um templo, se for de livre e espontânea vontade, alegria e amor, Deus o recebe com gratidão e lhe retribui sua semeadura. Porque se existe uma lei para nossas contribuições é esta:
“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra, conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus.” (2 Coríntios 9:6-11 RC)
Deus não faz distinção de contribuições pelo modo como as denominamos e sim pela intenção e desígnio que temos ao ofertar!
Bibliografia
Dicionário Ilustrado da Bíblia – Vida Nova
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e filosofia – R N Champlin
Comentário Bíblico vol. 6 – Beacon CPAD
Comentário Bíblico vol. 1 – Matthew Henry – CPAD
Novo Testamento – King James
Repreendendo o Devorador – João Nunes Santana
Estudo Perspicaz das Escrituras – TR
Bíblia de Estudo Plenitude – RC
Bíblia de Estudo Genebra – RA
Bíblia de Estudo Jerusalém – Paulus
Bíblia de Estudo Almeida – RA
www.monergismo.com
Comentário do Novo Testamento – RN Champlin
Comentário judaico do Novo Testamento – David H. Stemgrid
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Comentário Bíblico vol. 6 – Beacon CPAD
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Repreendendo o Devorador – João Nunes Santana
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Comentário judaico do Novo Testamento – David H. Stemgrid